As notícias da tragédia da Boate Kiss, de Santa Maria, ultrapassaram as fronteiras do Rio Grande, ultrapassaram as fronteiras do Brasil; na verdade, a 'aldeia global' chora os mortos na tragédia.
Cada um que noticia ou comenta o fato, o faz com justificável tristeza, e aponta para algum ou alguns culpados. Mas dentre todos comentários que li sobre o assunto, o que mais me chamou a atenção foi este, que transcrevo abaixo, do facebook de Miriê Tedesco:
(http://www.facebook.com/mirie.
"Que coisa!!! Hoje tudo tem que ser mega. Mega show, mega evento, mega cheio, mega trago. Mais ingressos são vendidos qto mais mega qquer coisa. Pq show de pirotecnia numa boate? O que mais é preciso acrescentar p/que seja considerado diversão? Uma banda não pode mais só tocar e cantar. Tem que ter coreografia, troca de roupa, dancinhas mil, fundo de palco, fumaça, o escambau! E o conceito de mega lotado = mega sucesso. O que é isso? Da última vez que fui a uma boate e decidi não repetir o feito, achei ridículo o valor pago pra ser empurrada, respingada com bebida, ter os cabelos enroscados pelos que se esprimiam pra passar, ter que ficar em pé a noite inteira, mais banheiros vomitados, e me dei conta de que a galera acha que isso é o normal pq é o que tem, não conheceram o respeito que um dia já existiu na relação casa noturna - cliente. Número de pessoas nesses locais deveria obedecer regra de elevador. Só cabem tantos e deu. Carteira de identidade: imaginem pais indo ao IML pra reconhecer filhos queridos. Ouvia o delegado dizer que a maioria não portava documentação. Então entraram na boate sem que fosse preciso comprovar idade? É td mto mega simples hj. E agora todos choramos a mega tragédia. Uma cidade afogada em mega dor. Que Deus dê mega força aos que ficaram e mega lucidez à legislação e fiscalização que há de restar desse mega dolorosamte mórbido espetáculo."
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