17 de julho de 2010

Longe do mar se acha a lua


Rio de Janeiro
(foto: Pedro André Ludwig)

Longe do mar se acha a lua;
Com mãos de âmbar, porém,
Ela o conduz - dócil feito um menino -
Por designadas areias.

O mar segue os graus à risca;
Obedecendo ao olho lunar,
Quase chega junto à aldeia
E, desse ponto, volta atrás.

Ah, Signor, é tua a mão de âmbar,
É meu o lngínquo mar, -
Obediente ao menor comando
Que me impõe o teu olhar.

(Emily Dickinson, tradução de Ivo Bender)

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